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O risco operacional faz parte da rotina de uma empresa. Esses riscos consistem em falhas na operação de um determinado processo que podem gerar algum tipo de prejuízo ao negócio.
Assim, o risco é uma condição inerente a qualquer tipo de atividade dentro da empresa. Caso se concretize ele pode afetá-la negativamente.
Dessa forma, essa organização pode sofrer vários danos se não utilizar ferramentas para identificação e gerenciamento dos riscos existentes em seu ambiente operacional.
Existe um aumento da inconstância e complexidade das operações. Por isso, as organizações têm grandes desafios pela frente.
No entanto, contar com uma estrutura adaptável as mudanças, detectar, gerenciar e mitigar riscos pode resultar em uma maior excelência operacional.
Risco operacional – Exemplos
Para que uma empresa garanta sua perenidade de maneira sustentável, sua estrutura organizacional deve ter uma base forte.
Desse modo, isso envolve conhecer os riscos aos quais está submetida. Os riscos operacionais ocorrem de diferentes maneiras, seja com eventos internos ou externos. Alguns riscos operacionais são:
Falhas de sistemas
Sistemas necessitam de constante monitoramento e manutenção pois eles também podem falhar. Assim, a falha sistêmica envolve qualquer tipo de defeito que um sistema pode eventualmente ter.
Por isso, pode implicar em problemas para os processos que são executados com a sua utilização.
Erro humano
Já ouviu aquela frase “todo ser humano erra” alguma vez?
Bom, essa é uma grande verdade. Todo ser humano está suscetível a cometer um erro, seja ele proposital ou não. Assim, esses erros podem causar severos danos a uma empresa.
Fraudes
A fraude é o erro humano proposital, utilizar de má fé a fim de obter benefício próprio ou para terceiros.
Realizar ações ilícitas para tirar proveito da empresa ou dos seus funcionários como suborno, falsificação dos registros de compras, sonegação de tributos, sabotagem e apropriação indébita, por exemplo.
Segurança
Para se manter segura, uma empresa precisa utilizar sistemas eficientes.
Num mundo onde ataques cibernéticos se tornaram cada vez mais comuns, uma empresa corre o risco de ser invadida e roubada.
Se o sistema utilizado não for seguro, facilmente pode perder informações sigilosas e que a comprometam.
Risco operacional – COSO
Como pode ser observado no tópico acima, existem diversos riscos no ambiente corporativo.
Isso motivou a criação do COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), uma iniciativa que tinha o objetivo de estudar a ocorrência de relatórios fraudulentos.
O COSO é uma entidade sem fins lucrativos que foi criada nos EUA para desenvolver metodologias que dificultassem a materialização de riscos por meio da utilização de controles internos.
Em vista disso, essa entidade criou importantes métodos que são aplicados por meio da gestão de risco.
Tal gestão é definida pelo COSO da seguinte forma:
Processo que permeia toda a organização, colocado em prática pela alta administração da entidade, pelos gestores e demais colaboradores, aplicado no estabelecimento da estratégia e projetado para identificar possíveis eventos que possam afetar a instituição e para gerenciar riscos de modo a mantê-los dentro do seu apetite de risco, com vistas a fornecer segurança razoável quanto ao alcance dos objetivos da entidade.
Dessa maneira, o COSO tem auxiliado diversas empresas a desenvolver sistemas de controle interno que se adaptam as constantes mudanças do ambiente operacional.
Assim, tendo em vista a importância de trabalhar na diminuição de riscos, vejamos como identificá-los e gerenciá-los.
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Identificando riscos operacionais
Cada empresa tem riscos operacionais diferentes em suas atividades. Por isso, a sua identificação irá depender das características do negócio, sua natureza e complexidade de seus processos.
Assim, a descoberta dos riscos deve se basear nos seus fatores de causa. Ou seja, compreender os fatores que poderiam levar ao risco de acordo com as características da instituição.
Quanto mais cedo os riscos forem identificados, mais opções de mitigação a empresa terá e, consequentemente, mais eficácia na execução de suas atividades.
Fator interno
Entender quais riscos podem existir em seu ambiente interno é fundamental para que a empresa possa conduzir ações que visam abrandar esses riscos nos diversos níveis da organização.
Fator externo
Causas externas permitem que a empresa possa construir elementos de proteção ou intervenção para mitigar tais riscos.
Dessa forma, isso pode ocorrer com aumento da segurança e acompanhamento do cenário político e econômico, por exemplo.
Ferramentas para identificação e gerenciamento
Algumas ferramentas bastante consolidadas no mercado podem ser de grande ajuda para realizar a identificação e gerenciamento de possíveis riscos operacionais, sejam eles internos ou externos.
Vejamos brevemente algumas delas:
APR (Análise Preliminar de Risco)
A APR consiste em um estudo para identificar previamente os riscos de um determinado processo.
Assim, por meio dessa ferramenta é possível detectar e corrigir problemas previamente.
Para isso, a utilização dessa ferramenta comumente segue os seguintes passos:
- Identificação de riscos da atividade;
- Elaboração de uma lista com todos os possíveis riscos identificados;
- Construção da lista de causas e efeitos dos riscos;
- Realização de uma análise qualitativa e quantitativa;
- Implementação de medidas de controle.
Os 5 Porquês
Essa ferramenta é amplamente utilizada para identificar problemas e chegar até a causa raiz de cada um deles.
Dessa maneira, funciona como um passo a passo para questionar o que ocasionou aquele determinado problema.
Em algumas situações não será necessário utilizar os cinco porquês, apenas com três pode ser possível identificar o problema.
No entanto, em outras situações será necessário mais do que cinco, então é algo que vai variar de acordo com o problema encontrado.
O objetivo da ferramenta é raciocinar sobre o problema, descobrir sua causa raiz e trabalhar nela.
Diagrama de Ishikawa
O diagrama espinha de peixe ou diagrama de ishikawa é mais uma ferramenta que auxilia a identificar a causas de um determinado risco.
Para isso, essa ferramenta leva em consideração o que chamamos de 6M, o material, método, medida, máquina, meio ambiente e mão de obra.
Dessa forma, em cada um desses fatores é possível identificar as prováveis causas de um risco.
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Gerenciamento de riscos operacionais
Após identificar quais os riscos operacionais podem afetar suas atividades, uma empresa necessita planejar, dirigir e controlar recursos a fim de minimiza-los, o que chamamos de gerenciamento de risco.
Vimos que os riscos operacionais podem impedir que a empresa alcance seus objetivos.
Portanto, gerencia-los continuamente é uma tarefa essencial para que a realização dos objetivos se torne possível.
A gestão de riscos operacionais pode gerar mais alguns benefícios como:
- Melhora a eficácia e eficiência operacional;
- Minimiza perdas;
- Otimiza a identificação de possíveis ameaças;
- Aumenta a qualidade dos controles internos;
- Diminui a ocorrência de acidentes de trabalho.
Desse modo, a fim de aplicar contingência e gerencia de riscos operacionais, é importante seguir algumas etapas:
Análise de riscos operacionais
No início desse artigo comentamos um pouco da importância identificar e ter conhecimento sobres os riscos operacionais que uma empresa pode ter.
A identificação é o primeiro passo para iniciar a gerência e controle de tais riscos.
No entanto, esses riscos precisam passar por uma análise completa.
É possível realizar essa atividade de forma quantitativa e qualitativa. A análise quantitativa, utiliza números para analisar a probabilidade e impacto de um determinado risco.
Já a análise qualitativa tem com objetivo analisar a exposição aos riscos e priorizar aqueles com maior grau de probabilidade e impacto, classificando-os como alto, médio e baixo, por exemplo.
Planejamento de resposta a riscos operacionais
A próxima etapa de gerenciamento é o planejamento de resposta aos riscos. Aqui ações são desenvolvidas a fim de conter os riscos identificados e analisados.
Dessa forma, essas ações são planejadas e colocadas em prática para diminuir a ocorrência desses riscos ou mesmo de anulá-los.
Monitoramento de riscos operacionais
A execução das ações de resposta a risco precisa estar funcionando como o planejado.
Assim, para garantir isso é necessário um monitoramento do que foi planejado com o que está sendo executado.
A etapa de monitoramento envolve todo esse processo, realizar revisões periódicas, mensais, por exemplo.
Além disso, com o monitoramento é possível também ter novas perspectivas sobre o riscos e o plano que é executado para contê-lo, podendo ser elaboradas novas melhorias no decorrer da operação.
Risco operacional – Identifique e gerencie continuamente
Gerenciar riscos de uma maneira geral é uma tarefa que exige continuidade, alguns podem desaparecer, outros podem surgir.
É uma constante mudança, assim como a percepção que a empresa passa a ter de cada um deles. Toda empresa espera o mínimo de ameaças e o máximo de oportunidades.
Assim, aplicar essa metodologia pode trazer inúmeros resultados positivos para um negócio.
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