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Ao auditar os processos de gestão de riscos e controles internos de uma empresa, a auditoria interna exerce um papel fundamental em auxiliá-la na prevenção de fraude.
A fraude é um ato intencional, enganoso e de má-fé que uma pessoa pode realizar a fim de obter ganhos indevidos para si mesmo ou para outros.
Seria possível utilizar esse e vários outros artigos para falarmos sobre os inúmeros escândalos envolvendo fraudes em empresas.
No entanto, ao longos dos anos é possível citar alguns exemplos que se tornaram mais conhecidos, como a Enron, empresa de energia localizada nos EUA que faliu em 2001 depois de alegações de gigantescas fraudes de contabilidade, por exemplo.
Existem vários exemplos claros e reais de como fraudes podem ter consequências devastadoras em uma empresa.
Por isso, a fim de evitá-las é crucial que a empresa entenda quais os tipos fraudes, como elas podem se tornar realidade e claro, compreenda que a atividade de auditoria interna é uma peça essencial para isso.
Prevenção de fraude – Tipos de fraude
Dentre os diversos tipos de fraudes que podem ser encontradas nas empresas, destacam-se:
- Suborno: Doação, oferta ou promessa de algo de valor em troca de um tratamento diferenciado.
- Sonegação de tributos: Deixar de declarar os tributos devidos, seja ocultando ou mentindo para as autoridades fiscais.
- Falsificação do registro de compras: Superfaturar em cima de uma compra, ou seja, utilizar notas frias para realizar o pedido de um serviço ou produto com um valor maior do que o preço real.
- Adulteração de demonstrações financeiras: Falsificar ou alterar relatórios e documentos com intuito de modificar ativo e passivo.
- Apropriação indébita: Se apoderar de coisa alheia móvel e passar a se dispor dela como se fosse o proprietário.
- Uso indevido de informação confidencial: Utilizar informações sigilosas para beneficiar a si mesmo ou a outros, também se caracteriza como um ato fraudulento.
- Registro de transações sem a devida comprovação: Ato de registrar transações sem que as mesmas tenham a comprovação de notas fiscais, boletos ou demais documentos.
- Reembolso adulterado: O pagamento de despesas reembolsáveis é falsificado ou adulterado.
- Sabotagem: Planejar atos que causem prejuízo a empresa.
Assim, tendo em vista que o risco de fraude é existente e pode ocorrer de diversas formas, quais seriam os motivos que levariam alguém a prejudicar a empresa de maneira tão suja?
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Prevenção de fraude – Triângulo de fraudes
Aproximadamente em 1953, um homem chamado Donald Cressey elaborou uma teoria sobre as motivações e causas das fraudes.
Dessa forma, os estudos de Cressey visavam entender o comportamento humano e tentavam compreender a quebra de confiança por parte de algumas pessoas dentro de uma empresa.
Assim, a teoria de Cressey chamada de triângulo de fraudes baseia-se na ideia de que as fraudes são originadas por três fatores conjuntos, a pressão, a racionalização e a oportunidade.
Pressão: O indivíduo tem problemas financeiros, problemas pessoais e pressões diárias no ambiente de trabalho. Essas condições o levam a procurar por um meio mais fácil de solucionar os seus problemas e podem motivá-lo a cometer uma fraude.
Racionalização: Pensar que o ato realizado não é criminoso ou que de alguma forma é justificável. O indivíduo reafirma para si mesmo que falsificar um documento, roubar e realizar práticas ilícitas é algo compreensível.
Oportunidade: Existência de controles ineficientes, o indivíduo percebe os pontos fracos na estrutura da empresa. Muitas vezes essa pessoa ocupa um alto cargo dentro da empresa e usa de informações privilegiadas ao seu favor.
A mente humana é algo muito complexo, não é simples lidar com esses tipos de situação.
No entanto, mesmo sendo muito difícil controlar os problemas, maneira de pensar e pressões de cada indivíduo, é possível controlar as oportunidades.
Portanto, ao observar esse três fatores é possível entender como uma fraude se materializa.
Assim, a fim de prevenir que esse risco torne-se real a empresa necessita averiguar a eficácia seus controles internos, isso é possível por meio da auditoria interna.
Prevenção de fraude – A importância da auditoria interna
O bom uso dos controles internos auxilia a empresa na prevenção de fraude, por meio dos controles é possível minimizar os riscos e evitar anormalidades.
Para isso, a atividade de auditoria interna se torna uma peça muito importante.
A auditoria interna é a responsável por examinar a utilização dos controles dentro da empresa. Dessa forma, a auditoria contribui para a mitigação do risco de fraude.
Isso também é possível porque os profissionais de auditoria pesquisam e analisam indicadores de fraude.
Indicadores de Fraude
Os indicadores de fraude são elementos identificados pela auditoria interna que visam apontar uma possível facilidade para a ocorrência de uma fraude.
Comumente conhecidos como red flags, esses indicadores devem ser evitados ao máximo por uma empresa.
Alguns exemplos de indicadores de fraude são:
- A empresa não possui política para prevenção de atos desonestos;
- Rotatividade anormal de cargos chave em setores da empresa;
- Dependência de um único fornecedor de produtos ou serviços;
- Discrepância nos registros contábeis;
- Operações financeiras realizadas sem autorização;
- Aceite de faturas sem documentação suporte;
- Não existência de segregação de funções;
- Conluio de colaboradores;
- Evidência de alteração em documentos;
- Transações realizadas em horários e frequências anormais; e
- Ativos tangíveis extraviados.
Assim, com a ajuda da auditoria interna a empresa consegue ter conhecimento de indicadores como esses e pode atuar na diminuição do risco.
Dessa forma, os indicadores auxiliam a empresa a avaliar o nível dos seus controles internos e a aumentar a segurança dos processos.
Prática
Portanto, ao realizar a revisão do processo de controle interno, o auditor interno pode conseguir detectar a existência de irregularidades ocasionadas por atos intencionais.
Dessa forma, a auditoria interna funciona como uma atividade mitigadora de risco de fraude, prevenindo e identificando a materialização deste risco.
Contudo, vale ressaltar que o auditor interno não vai chegar na empresa e apertar um botão para que fraudes nunca mais aconteçam.
A atividade de auditoria interna é um processo que exige tempo, cautela e continuidade. Auditores internos não são necessariamente profissionais especializados em combate a fraude, mas espera-se que durante seus trabalhos deem atenção a este risco.
Infelizmente sempre irão existir pessoas de má índole e que certamente tentarão tirar vantagem por meios ilícitos.
No entanto, a auditoria interna reforça os controles internos e preventivamente age para que a empresa obtenha uma maior segurança do patrimônio, assim como uma maior confiabilidade dos relatórios gerenciais e contábeis.
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