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Controle interno – um amigo do planejamento
A expressão controle interno pode soar estranha num primeiro momento.
Talvez porque a própria essência da palavra controle se desvirtuou em nossa época. Ela pode parecer retrógrada, autoritária ou engessada.
Se sua opinião for essa, saiba que muitos compartilham desse sentimento.
Na era das rápidas startups, que surgem com modelos de gestão heterodoxos, controle pode parecer um atraso.
Muitos profissionais desconhecem a função controle e o que um sistema de controle interno pode oferecer.
Esse post trata da importância fundamental dos controles organizacionais, eles suportam o alcance de objetivos.
Observando as funções do administrador de empresas, identificamos uma clara relação entre planejamento e controle.
Se o controle não for exercido, o planejamento não será atingirá os resultados adequados.
O monitoramento de metas, o uso de indicadores de desempenho e as revisões do planejamento, são técnicas de controle interno.
Consegue imaginar a execução adequada de um planejamento sem essas ferramentas.
Em outras palavras, você pode definir seu plano estratégico, objetivos e metas e não ter êxito se o controle falhar.
Isso porque o controle interno atua na mitigação de riscos aumentando o grau de certeza de realização do planejamento.
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Controle interno – a estrutura COSO
O COSO, é uma organização de origem americana que elaborou uma das mais famosas estruturas de controle interno.
Se você pesquisar na internet sobre o tema, com certeza vai ouvir falar sobre o “cubo do COSO”.
O COSO define o controle interno da seguinte forma:
Controle interno é um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade.
Em outras palavras, a estrutura de controle interno depende inicialmente da alta administração e permeia toda a empresa.
Assim, todos os profissionais se colaboram com adequado funcionamento do controle interno.
Para o COSO, o controle interno é alicerçado em três categorias de objetivos:
- Operações;
- Reporte financeiro (ou divulgação); e
- Conformidade.
Além das 3 categorias de objetivos, a estrutura do COSO indica cinco componentes integrados. Estes são:
- Ambiente de controle;
- Avaliação de riscos;
- Atividades de controle;
- Informação e comunicação; e
- Monitoramento.
Assim, podemos entender que o controle interno permite atingir resultados desejados.
Ele também aumenta o grau de conformidade com normas internas e a legislação e a confiabilidade das demonstrações financeiras.
Assista o vídeo abaixo e entenda um pouco mais sobre controle interno:
Quer saber mais sobre cada categoria e componente do COSO? Insira seu e-mail em um dos campos de assinatura do blog e tenha acesso a mais conteúdo sobre este tema.
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Controle interno – o tom está no topo
Tone at the top é uma expressão muito utilizada por profissionais de auditoria e de controle interno.
Ela indica que a alta administração define como, entre outras coisas, o controle interno é gerido.
Se a alta administração pratica atividades ilícitas, ou solicita que outros funcionários pratiquem, a ética organizacional é comprometida. Veja um exemplo:
José é gestor de folha de pagamento da XPT.Ltda e é incentivado a não repassar os encargos trabalhistas ao governo. Mensalmente o valor de INSS é recolhido dos profissionais, mas a empresa não faz o repasse.
Igualmente a empresa não realiza o depósito de FGTS. Para que a divergência se torne imperceptível no contracheque dos funcionários, José ganha acesso a alterações no sistema.
Ele identifica uma falha no sistema que o permite alterar o próprio salário endereçando a diferença para outra conta. Ele realiza o procedimento de desvio de recursos durante 3 anos até pedir demissão.
O exemplo acima mostra que práticas fraudulentas promulgadas pela alta administração incentivam a conduta criminosa.
É fundamental que no topo da empresa a honestidade seja um princípio valorizado.
Uma empresa pautada em princípios éticos elevados tem uma menor exposição a riscos de conformidade.
Uma empresa assim, tem menor probabilidade de se envolver em transações ilegais.
Uma empresa que possui políticas antifraude e código de ética e de conduta bem implantados protege melhor o seu ativo.
Profissionais doutrinados pela ética corporativa tem menor propensão a cometer fraudes. Este é um controle interno essencial.
O setor que trata destes temas dentro de uma empresa é também conhecido como compliance. Em várias empresas o compliance é uma atividade da área de gestão de riscos.
Ambas atividades tem crescido bastante no Brasil nos últimos anos, mas faltam profissionais qualificados no mercado.
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Controle interno – sistemas ERP
Os sistemas ERPs (Enterprise Resource Planning) são grandes aliados de uma estrutura de controle interno bem implantada.
Uma das grandes vantagens destes sistemas é alinhar os registro contábeis com a operação.
Isto facilita a elaboração de relatórios e das demonstrações financeiras. Estes sistema integram todos os processos de uma empresa em uma única plataforma.
A informação se torna mais assertiva e tempestiva e o acesso pode ser gerenciado mais facilmente.
Com a tecnologia moderna, muitos ERPs já possibilitam o acompanhamento de relatórios em smartphones e tablets.
Assim é mais fácil acompanhar indicadores de desempenho, registros de ocorrência e executar transações.
Utilizar um sistema ERP também reduz a dependência de planilhas e outras ferramentas que podem conter erros com mais facilidade.
Campos de preenchimento obrigatório, restrições de acesso, alçadas de liberação e registro contábil das transações.
Todos estes são alguns dos benefícios para o controle interno que os ERPs podem fornecer.
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Controle interno – exemplos de controle
É importante destacar que controle interno não é uma mera ferramenta subjetiva. Ele é de fato um processo organizacional, e também se manifesta em forma de ferramentas de controle.
A forma como estas ferramentas são implantadas na empresa dependem muito do grau de maturidade gerencial dela.
Empresas pouco maduras podem ser excessivamente liberais ou centralizadoras quanto ao controle interno.
Isto pode conduzir à perdas financeiras por um descasamento entre apetite à risco e nível de controle.
É cada vez mais essencial analisar estes fatores ao se desenvolver o planejamento e as operações de uma empresa.
Como a proposta do produtividade máxima é apresentar conteúdo prático, listei alguns exemplos de controle interno para você.
Controles preventivos
Impedem a materialização do risco. Ex: aprovação de pagamentos, controle de acesso e alçadas de liberação.
Controles psicológicos
Exerce influenciam na forma de pensar do profissional. Ex: código de conduta, política antifraude e normas internas.
Controles estruturais
Políticas e procedimentos que regem a gestão da empresa. Ex: plano estratégico, política de gestão de riscos, planos de contingência etc.
Controles físicos
São tangíveis e protegem ativos fisicamente. São controles comuns e por vezes fáceis de se identificar. Ex: paredes, cofres, câmeras, etc.
Controles digitais
Ferramentas informatizadas que protegem o acesso à informação e à transações. Ex: senhas de acesso, biometria, cartões magnéticos, etc.
Observe que esses controles seguem uma classificação lógica. Quer aprender a classificar controles internos e gerencia-los? Não deixe de conhecer nosso curso de Gestão de Processos, Riscos, Controles e Indicadores.
Controle interno – as desvantagens do controle
Ao pensar em controle, é fundamental lembrar que controle gera custos. Não estou aqui dizendo que o controle deve ser evitado devido ao custo, mas sim que ele tem custo.
Escolher investir ou não em determinado controle tem que ser uma decisão pautada em uma análise de riscos. Veja o exemplo abaixo.
A Marauí. Ltda é uma indústria de fornos elétricos. Sua fábrica fica localizada em uma bairro da periferia que possibilita incentivo fiscal. O nível de crimes na região tem aumenta nos últimos três anos. Com este cenário a diretoria decidiu investir em segurança armada 24h. Anteriormente a contratação era apenas para o horário noturno.
Observe que um fator externo, o aumento da criminalidade, levou a empresa a aumentar seu nível de controle.
Isso resultou em mais custos, mas a diretoria decidiu que estes eram essenciais para a salvaguarda do ativo.
Dentro dos processos, os controles tendem a aumentar o nível de burocracia e complexidade.
Isto torna os processos mais lentos, mais caros e demandam mais qualificação da mão de obra.
Uma cadeia de aprovação por exemplo, aumenta o tempo de ciclo do processo. Se não for estruturada adequadamente, pode produzir perdas de oportunidades de negócio.
No entanto, não faria nenhum sentido retirar as alçadas de liberação ou as cadeias de aprovação em uma empresa.
Isto exporia completamente a empresa à riscos de desvios de recursos.
Controle interno – avaliando controles
Em decorrência das desvantagens listadas acima, a implantação de controles deve ser analisada de forma minuciosa.
É comum que em projetos de redesenho de processos, os controles sejam substituídos, melhorados ou eliminados.
Isso ocorre porque os riscos mudam ao longo do tempo e os controles precisam se adaptar à isto.
Manter uma estrutura de controle é caro e controles obsoletos não podem permanecer consumindo seus recursos.
Como saber quando um controle deve ser alterado? Quanto a substituição de um controle pode custar? Os riscos aos quais meu negócio está exposto, estão sendo devidamente mitigados?
Estas informações podem ser obtidas por uma análise do seu controle interno.
Esta análise deve ser pautada em parâmetros objetivos e subjetivos para levar a conclusões assertivas.
Profissionais que desenvolvem este tipo de trabalho normalmente exercem funções de consultor ou auditor.
Na verdade, se você desenvolver esse conhecimento pode seriamente pensar em abrir sua própria consultoria.
O mercado de trabalho está em expansão e as possibilidades são muitas. Invista nesse conhecimento adquirindo nosso curso. Clique aqui e saiba mais.
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